COLUNA DO ALEXANDRE

Circuito Brasileiro de Corridas de Aventura

O Circuito Brasileiro de Corridas de Aventura foi criado para incentivar o crescimento do esporte no país e o crescimento técnico das equipes brasileiras, interessadas em disputar provas importantes e competir em condições de igualdade com as equipes internacionais, principalmente com as que vêm ao Brasil participar da EMA.

A princípio, o formato das provas era muito parecido: etapas com duração de 24 a 30 horas, percurso aproximado de 120km, orientação bastante complexa e muito esforço físico. Após um tempo, este formato começou a limitar a participação de novos adeptos, pois exigia muito dos participantes, principalmente dos iniciantes. As próprias equipes tidas como mais experientes e veteranas começaram a sofrer as conseqüências de disputar estas provas mensalmente. Além das despesas financeiras, o condicionamento físico era afetado pelas exigências nestas etapas e muitas equipes ficaram desfalcadas para provas importantes, pois o tempo de recuperação entre uma etapa e outra era insuficiente.

Assim, em meados de 2001, a Sociedade Brasileira de Corridas de Aventura decidiu investir em um novo formato de prova, com duração de 6 à 12 horas e percurso aproximado de 50km, com despesas bem menores para os competidores. Diminuiu o grau de exigência para a participação, atraindo inúmeros novos adeptos. Isso não quer dizer que as etapas tornaram-se mais fáceis, pois com o formato menor qualquer erro é fatal.

Este novo formato gerou discussões entre os praticantes de Corridas de Aventura: atletas mais experientes exigiram etapas maiores, onde pudessem realmente testar seus limites; os iniciantes sentiram-se ressabiados em competir com os veteranos. Poucos entenderam, até agora, que com este formato de prova o desgaste físico e o tempo de recuperação entre uma etapa e outra são menores, ou seja, não é preciso ficar muito tempo parado, sem treinar, recuperando-se fisicamente.

As etapas mais curtas servem como treinamento para provas maiores, como a Mini EMA e a própria EMA, além das competições internacionais. Dão uma vivência às equipes iniciantes para enfrentarem desafios maiores. As provas tornaram-se mais competitivas e é necessário esforçar-se para garantir bons resultados.

Além da parte física, as provas menores exigem mais da estratégia e do companheirismo. É mais difícil reparar um erro de navegação neste tipo de prova, pois o tempo é muito curto. Logo, exige-se muito mais concentração e competência na hora de analisar mapas, instruções e escolher o melhor caminho.

Com estes diferentes formatos de provas, o intuito do Circuito Brasileiro de Corridas de Aventura é o de melhorar a performance dos competidores brasileiros, além de buscar novos adeptos deste esporte. As Corridas de Aventura ainda são muito recentes e o seu formato não é único.

Coluna publicada em 24/junho/02, na website www.360graus.com.br

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